Dia do Trabalhador – 1º De Maio

Em 1886, trabalhadores americanos reivindicaram seus direitos, principalmente para ter uma jornada de trabalho menos extenuante para que pudessem então ter qualidade de vida e não mais trabalhar 13 HORAS por dia. Desde a luta que levou o nome de Haymarket até os dias de hoje o que mudou?

Século XXI, conquistamos no Brasil e no mundo jornadas de trabalho menores e mais humanas, conquistamos benefícios e direitos trabalhistas, direitos estes que podem ser entendidos como enfadonho para a atual gestão brasileira ou até, em se tratando de previdência social, penoso, haja vista que sob ponto de vista do congresso brasileiro um trabalhador pode encarar a labuta até os 80 anos tranquilamente, retrocesso?

O fato é que para o empresariado, o Brasil sofre com os direitos adquiridos pela classe trabalhadora e, para os trabalhadores, precisamos de mais humanidade por parte dos empresários. A questão principal é atingir o equilíbrio entre a venda da mão de obra e a compra da prestação de serviço. Este comércio entre trabalhador e empresário deve ser saudável, pois há uma dependência ilimitada, não há empresa sem empregado e não há empregado sem empresa.

O dia 1º de Maio surgiu para homenagear o equilíbrio e dar ao trabalhador a notoriedade que ele merece, todos somos trabalhadores, do empresário ao aprendiz, pois todos trabalham com o mesmo proposito que é manter a si e a família de modo cumprir a função social.

Como seria trabalharmos em uma empresa em que não somos presos a rotinas, com salário justo e tendo uma jornada de trabalho flexível com total cobertura sócio previdenciária?

Parece um sonho, muito distante para muitos trabalhadores, sobretudo os da área fabril e agraria, contudo, há empresas que conseguem incluir em suas operações questões de qualidade de vida para reter profissionais e não abrem mão do equilíbrio vida privada x vida corporativa. Esta questão, muito controvertida, é o que move toda a classe trabalhadora que, claro, merece todos os benefícios socioculturais como os oferecidos nas grandes empresas, todavia, há um longo caminho a se enfrentar para que os empresários entendam que a gestão, neste século, está voltada para um horizonte humano. É uma vitória entender que este cenário, embora distante para alguns, é uma realidade para uma minoria, pois podemos entender que o sonho de ter o equilíbrio entre a vida privada e vida corporativa pode se tornando uma realidade para todos.

O que falta para que este sonho se torne realidade?

Está é uma pergunta um tanto quanto subjetiva, mas podemos tentar entendê-la do ponto de vista das empresas que já as praticam. Com a “receita do bolo” pronta, fica mais fácil adequar os ingredientes para os novos “sabores de bolo” que podemos produzir. Não há uma resposta pronta, será um estudo que todos nós, sociedade trabalhadora e empresaria, devemos nos debruçar exaustivamente para que tenhamos então não mais uma cisão e um bloqueio entre empregados e empregadores, mas sim uma relação harmoniosa, sobretudo em relação de dependência, pois como já dito antes, não há empregado sem empresa e não há empresa sem empregado.

Continuemos na luta por um mundo equilibrado.

Feliz dia do trabalhador.

Autor: William França Junior

Posted in Artigos, Uncategorized.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *